Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 70
Filtrar
1.
Psicol. USP ; 342023. tab
Artigo em Português | INDEXPSI, LILACS | ID: biblio-1517457

RESUMO

A visibilidade social e acadêmica de homens transexuais deu-se tardiamente em comparação com mulheres trans. Ainda mais invisíveis são as experiências de transição dos homens trans negros, que agregam a intersecção gênero-raça. Este estudo qualitativo teve por objetivo analisar como homens transexuais negros vivenciam suas experiências de transição de gênero, à luz do conceito de interseccionalidade. Participaram quatro homens que se autodeclararam transexuais e negros, de 22 a 33 anos. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, seguidas de análise temática. Os resultados apontam que o reconhecimento social das identidades transmasculinas advém do racismo, quando este se intersecciona com a transfobia. À medida que o sujeito passa a ser lido como homem, recebe o atributo racista de "perigoso". A baixa empregabilidade é uma das consequências perversas dessa leitura que articula dois eixos de subordinação: transgeneridade e raça. Há urgência de políticas públicas para que se interrompa esse ciclo de desempoderamento interseccional


The social and academic visibility of transsexual men happened later than that of transgender women. Even more invisible are the transition experiences of Black trans men as they aggregate the gender-race intersection. This qualitative study aimed to analyze how Black transgender men experience their gender transition in light of the concept of intersectionality. In total, four men, aged 22-33 years, who declared themselves Black and transsexual participated in this study. Semi-structured interviews were conducted, followed by thematic analysis. Results indicate that the social recognition of transmasculine identities crosses racism when it intersects with transphobia. To the extent that they are recognized as men, they receive the racist attribute of "dangerous." Low employability is one of the perverse consequences of this reading, which articulates two axes of subordination: transgender and race. Breaking this cycle of intersectional disempowerment urgently requires public policies


La visibilité sociale et académique des hommes transgenres est arrivée tardivement, par rapport aux femmes transgenres. Plus invisibles encore sont les expériences de transition des hommes noirs transgenres, qui cumulent l'intersection entre le sexe et la race. Cette étude qualitative visait à analyser la manière dont les hommes transsexuels noirs vivent leurs expériences de transition de genre à la lumière du concept d'intersectionnalité. Quatre hommes qui se sont déclarés noirs et transsexuels, âgés de 22 à 33 ans, ont participé à l'enquête. Des entretiens semi-structurés ont été menés, suivis d'une analyse thématique. Les résultats montrent que la reconnaissance sociale des identités transmasculines passe par le racisme, lorsqu'il s'entrecroise avec la transphobie. Au fur et à mesure que le sujet est lu comme un homme, il reçoit l'attribut raciste de « dangereux ¼. La faible employabilité est l'une des conséquences perverses de cette lecture qui articule les deux axes de subordination: le transgenre et la race. Il est urgent que les politiques publiques brisent ce cycle de désautonomisation intersectionnelle


La visibilidad social y académica de los hombres transexuales llegó tarde en comparación con la de las mujeres transexuales. Aún más invisibles son las experiencias de transición de los hombres negros trans, que agregan la intersección género-raza. Este estudio cualitativo tuvo por objetivo analizar las vivencias de los hombres negros transexuales respecto a la transición de género a la luz del concepto de interseccionalidad. Participaron cuatro hombres que se declararon negros y transexuales, de entre 22 y 33 años de edad. Se realizaron entrevistas semiestructuradas, y posteriormente análisis temáticos. Los resultados muestran que el reconocimiento social de las identidades transmasculinas se da mediante el racismo cuando este se cruza con la transfobia. Cuando el sujeto es visto como un hombre, recibe el atributo racista de "peligroso". La baja empleabilidad es una de las consecuencias perversas de esta lectura que articula los dos ejes de subordinación: la transexualidad y la raza. Es urgente que las políticas públicas rompan este ciclo de desempoderamiento interseccional.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Negro ou Afro-Americano , Racismo , Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero , Pesquisa Qualitativa , Enquadramento Interseccional
2.
Enfermeria (Montev.) ; 11(1)jun. 2022.
Artigo em Espanhol | LILACS-Express | LILACS, BDENF | ID: biblio-1384860

RESUMO

Resumen: Introducción: La enfermedad renal crónica (ERC) pediátrica es un problema de salud grave, que repercute en la vida de adulto y genera impacto psicosocial en la red familiar. Objetivo: Develar las representaciones y perspectivas de los cuidadores principales de hijos con enfermedad renal crónica. Metodología: Estudio con diseño fenomenológico administrado en 9 informantes, recolección de la información a través de entrevistas en profundidad, análisis de categorías, triangulación por investigador, resguardo de criterios de rigor de Guba y Lincoln, y respeto de los principios éticos de Ezekiel Emanuel. Resultados: Emergieron las metacategorías "viviendo la enfermedad", "enfermedad altamente demandante" y "redes de apoyo presentes". Discusión: El afrontamiento hacia la enfermedad se ve amenazado por el cansancio físico, incertidumbre y alteración del apoyo dentro y fuera de la estructura familiar; similar resultado se encuentra en el estudio base. El manejo del niño lo realiza la madre en casi la totalidad de las actividades asociadas al tratamiento. Conclusiones: La mujer proporciona cuidados en forma invisible y continua. Es necesario que se visibilice como problemática social, se establezcan políticas con enfoque de género que determinen correcciones de inequidades que proporcionan los estereotipos culturales, al igual que se visibilice la necesidad de una mayor intervención de enfermería como apoyo al cuidado informal.


Resumo: Introdução: A doença renal crônica infantil (DRC) é um grave problema de saúde que afeta a vida adulta e gera impacto psicossocial na rede familiar. Objetivo: Desvelar as representações e perspectivas de cuidadores primários de filhos com doença renal crônica. Metodologia: Estudo com desenho fenomenológico aplicado em 9 informantes, coleta de informações por meio de entrevistas em profundidade, análise de categorias, triangulação por pesquisador, resguardando os rigorosos critérios de Guba e Lincoln, e respeito aos princípios éticos de Ezekiel Emanuel. Resultados: Emergiram as metacategorias "vivendo a doença", "doença muito exigente" e "redes de apoio presentes". Discussão: O enfrentamento da doença é ameaçado pelo cansaço físico, incerteza e alteração do suporte dentro e fora da estrutura familiar, resultado semelhante é encontrado no estudo de base. O manejo da criança é realizado pela mãe em quase as atividades associadas ao tratamento desta Conclusões: As mulheres prestam cuidados de forma invisível e contínua. É necessário torná-la visível como problema social, estabelecer políticas com perspectiva de gênero que determinem correções das iniquidades que os estereótipos culturais proporcionam, bem como tornar visível a necessidade de maior intervenção da enfermagem como suporte para o cuidado informal.


Abstract: Introduction: Pediatric chronic kidney disease (CKD) is a serious health problem that affects the life of the adults and generates psychosocial impact on the family network. Objective: To reveal the representations and perspectives of primary caregivers of children with chronic kidney disease. Methodology: Study with phenomenological design administered in 9 informants, collection of information through in-depth interviews, category analysis, triangulation by researcher, safeguarding the rigorous criteria of Guba and Lincoln, and respect for the ethical principles of Ezekiel Emanuel. Results: The meta categories "living the disease", "highly demanding disease" and "support networks present" emerged. Discussion: Coping with the disease is threatened by physical fatigue, uncertainty, and alteration of support within and outside the family structure. A similar result is found in the base study. The management of the child is carried out by the mother in almost all the activities associated with its treatment. Conclusions: Women provide care invisibly and continuously. It is necessary to make it visible as a social problem, to establish policies with a gender perspective that determine corrections of inequities that cultural stereotypes provide, as well as to make visible the need for greater nursing intervention as support for informal care.

3.
Natal; s.n; 20220000. 108 p. Ilus, tab.
Tese em Português | LILACS, BBO | ID: biblio-1435431

RESUMO

O gênero é um dos fatores associados à Insegurança Alimentar (IA). Apesar das pessoas em grupos minoritários de gênero estarem expostos a fatores potenciais de risco para IA, não temos dados em larga escala sobre estes grupos. Isso acontece devido à forma com que o gênero é classificado em pesquisas populacionais (i.e., homem e mulher), deixando populações transgênero "ocultas" em uma classificação binária. Nesta tese, propomos explorar as relações entre experiências minoritárias de gênero e a vulnerabilidade à IA. Dessa forma, investigamos a associação de fatores alimentares, nutricionais, sociais, econômicos e de preconceito com a IA na literatura científica, por meio de uma revisão sistemática, e um grupo de pessoas transgênero, por meio de um estudo transversal. Em nossa revisão, o desenho de estudo mais utilizado foi o transversal e o menos utilizado foi o etnográfico. Imagem corporal e controle de peso foram os temas predominantes (n = 25), seguidos por segurança alimentar e nutricional (n = 5), estado nutricional (n = 5), assistência nutricional à saúde (n = 1) e visões êmicas de alimentação saudável ( = 1). Em nosso estudo transversal, nossos resultados mostraram que as dificuldades de compra de alimentos na comunidade transgênero são anteriores à pandemia de COVID-19, mas que as medidas restritivas adotadas também impactaram o acesso geral a alimentos de qualidade. No entanto, as principais explicações para o IF foram renda e emprego. Concluímos que excluir diversidade de gênero em pesquisas sobre insegurança alimentar possivelmente tem deixado de revelar demandas importantes para a população transgênero. Nesta tese, apresentamos as relações compreendidas até o momento entre a IA na população transgênero, bem como os possíveis desafios e estratégias alternativas para superação. Esperamos que, assim, possamos apoiar políticas de alimentação e nutrição e sistemas de vigilância, bem como pesquisadores em todo o mundo a compreender a diversidade oculta nos estudos de IA (AU).


Gender is one of the factors associated with Food Insecurity (FI). Although people in gender minority groups are exposed to potential risk factors for FI, we do not have large-scale data on these groups. This is due to how gender is classified in population surveys (i.e., male and female), leaving transgender populations "hidden" in binary classification. In this thesis, we propose to explore the relationships between minority gender experiences and vulnerability to FI. In this way, we investigated the association of food, nutritional, social, economic, and prejudice factors with AI in the scientific literature, using a systematic review, and a group of transgender people, using a cross-sectional study. In our review, the most often used study design was cross-sectional, the least frequently used study design was ethnographic. Body image and weight control were predominant themes (n = 25), followed by food and nutrition security (n = 5), nutritional status (n = 5), nutritional health assistance (n = 1), and emic visions of healthy eating ( = 1). In our cross-sectional study, our results showed that the difficulties in purchasing food in the transgender community predate the COVID-19 pandemic, yet that the restrictive measures adopted have also impacted overall access to quality food. However, the main explanations for FI were income and employment. We conclude that excluding gender diversity in research on food insecurity has possibly failed to reveal essential demands for the transgender population. This thesis presents the relationships understood so far between FI in the transgender population and possible challenges and alternative strategies for overcoming them. We hope that in doing so, we can guide food and nutrition policies and surveillance systems, as well as researchers around the world, to understand the hidden diversity in AI studies (AU).


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Identidade de Gênero , Equidade de Gênero , Insegurança Alimentar , Fatores Socioeconômicos , Distribuição de Qui-Quadrado
4.
Rev. bras. enferm ; 75(supl.2): e20190685, 2022.
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS, BDENF | ID: biblio-1357035

RESUMO

ABSTRACT Objectives: to discuss the influence of urban poverty on the context of violence among adolescents from an intersectional perspective. Methods: the original research, of the action research type, analyzed data from 13 workshops. The participants were adolescents from both sexes, from 15 to 17 years old, from a public school in a peripheral neighborhood of São Paulo, SP. The methodological proposition of intersectional analysis guided the interpretation of the empirical material. Results: the intersection of class and gender may increase the (re)production of violence in some men. The intersection of race/color, social class, and territory contributes to the construction of narratives that naturalize inequality and, thus, justify discrimination. Final Considerations: there is necessity of new public policies that consider the social contexts and experiences of the subjects that stem from the articulation of social markers.


RESUMEN Objetivos: discutir la influencia de la pobreza urbana en el contexto de la violencia entre adolescentes bajo la perspectiva de la interseccionalidad. Métodos: la investigación original, de tipo investigación-acción, se analizó en 13 talleres. Participaron adolescentes de ambos los sexos, entre 15 y 17 años, de una escuela pública de un barrio de la periferia de São Paulo, SP. La propuesta metodológica de análisis interseccional dirigió la interpretación del material empírico. Resultados: la intersección de clase con género puede potencializar en algunos hombres la (re)producción de las violencias. La intersección de raza/color, clase social, género y territorio contribuye en la construcción de narrativas que naturalizan las desigualdades y, así, justifican las discriminaciones. Consideraciones Finales: son necesarias y oportunas políticas públicas que consideren los contextos sociales y experiencias de los sujetos resultantes de las articulaciones de los marcadores sociales.


RESUMO Objetivos: discutir a influência da pobreza urbana no contexto da violência entre adolescentes sob a perspectiva da interseccionalidade. Métodos: a pesquisa original, de tipo pesquisa-ação, analisou dados produzidos em 13 oficinas. Participaram adolescentes de ambos os sexos, entre 15 e 17 anos, de uma escola pública de um bairro de periferia de São Paulo, SP. A proposta metodológica de análise interseccional orientou a interpretação do material empírico. Resultados: a intersecção de classe com gênero pode potencializar em alguns homens a (re)produção das violências. A intersecção de raça/cor, classe social, gênero e território contribui na construção de narrativas que naturalizam as desigualdades e, assim, justificam as discriminações. Considerações Finais: são necessárias e oportunas políticas públicas que considerem os contextos sociais e experiências dos sujeitos resultantes das articulações dos marcadores sociais.

5.
Rev. bras. educ. méd ; 45(1): e040, 2021. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1155905

RESUMO

Resumo: Introdução: A medicina como área de conhecimento e prática tem invisibilizado a importância de gênero como categoria teórica na formação médica, bem como os impactos das diferenças e desigualdades de gênero expressas no contexto da prática clínica. Gênero é reconhecido como um aspecto crucial na educação médica, principalmente no sentido de promover a qualidade da assistência à saúde, considerando as diferenças de gênero nos sintomas, os fatores de risco da doença e o plano de assistência estabelecido no contexto da relação terapêutica. Objetivo: Com base nesse pressuposto, foi realizada pesquisa sobre a percepção da formação recebida sobre gênero no contexto da graduação e especialização médica de residentes em ginecologia e obstetrícia e medicina de família e comunidade de duas escolas públicas do município de São Paulo. Método: A pesquisa de abordagem qualitativa utilizou a técnica de entrevista em profundidade. Em 2016, 13 residentes de ambas as especialidades participaram da pesquisa, sendo sete de ginecologia e obstetrícia e seis de medicina de família e comunidade. O critério de inclusão era ser médico ou médica das residências em medicina de família e comunidade ou ginecologia e obstetrícia nas duas universidades públicas participantes do estudo. A fim de obter uma amostra não probabilística, utilizou-se a técnica de recrutamento em cadeia ou "bola de neve", na qual os(as) participantes do estudo indicam outros(as) participantes até que se atinja o ponto de saturação. Resultados: Apesar de diferenças identificadas entre os(as) participantes, segundo os programas de residência, em relação à abordagem de gênero na formação médica e às suas repercussões na prática clínica, com maior apropriação pelos residentes de medicina de família e comunidade, sobressaem lacunas importantes na formação e no âmbito da graduação e especialização. Conclusão: O conhecimento e o desenvolvimento de habilidades e técnicas baseadas em abordagem de gênero na formação médica são fundamentais para o exercício do cuidado integral que considera as conformações socioculturais dos(as) pacientes e suas implicações para o processo saúde-doença.


Abstract: Introduction: Medicine as an area of knowledge and practice has rendered invisible the importance of gender as an analytical category in medical education, as well as the impacts of gender differences and inequalities expressed in the context of clinical practice. Gender is recognized as a crucial aspect in medical education, mainly in the sense of promoting the quality of health care, considering gender differences in symptoms, risk factors for the disease and the care plan established in the context of the therapeutic relationship. Objective: Based on this assumption, qualitative design research was conducted on the perception of training received on gender in the context of undergraduate and medical specialization of residents in Gynecology and Obstetrics and Family and Community Medicine at two public schools in the city of São Paulo. Method: The research used the in-depth interview technique. In 2016, 13 residents of both specialities participated in the survey: seven from Gynecology and Obstetrics and six from Family and Community Medicine. The inclusion criterion was to be a doctor in a medical residency in Family and Community Medicine and Gynecology and Obstetrics at the two public universities participating in the study. The participants were accessed by the snowball recruitment technique, seeking a non-probabilistic sample, in which the study participants indicated other participants to the point of saturation. Results: Despite the differences identified among the participants, according to the residency programs, concerning the gender approach in medical training and its repercussions in clinical practice, with higher appropriation by residents of Family and Community Medicine, essential gaps in training stand out, within the scope of undergraduate training and specialization. Conclusion: Knowledge and the development of skills and techniques based on a gender approach in medical education are fundamental for the exercise of comprehensive care that considers the sociocultural conformations of patients and their implications for the health of the disease process.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Faculdades de Medicina , Currículo , Medicina de Família e Comunidade/educação , Estudos de Gênero , Ginecologia/educação , Internato e Residência , Inquéritos e Questionários , Pesquisa Qualitativa
6.
Saúde Redes ; 6(2): 137-151, 23/09/2020.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1120725

RESUMO

Objetivo: Este estudo objetiva conhecer as características dos profissionais que ocuparam os cargos de diretoria de um hospital de grande porte localizado na região sul do país e vinculado ao Ministério da Saúde entre 1975 até 2015, além de analisar as políticas de equidade e inclusão em cargos de gestão nas instituições de saúde. Método: Foram analisadas as variáveis de gênero, raça e profissão a partir da abordagem quantitativa e qualitativa dos profissionais que ocuparam cargos de gestão na Diretoria, realizada em três etapas: 1) coleta de informações sobre o perfil dos Diretores; 2) realização da entrevista com membro da secretaria executiva da diretoria; 3) realização de entrevistas com dois membros das comissões de igualdade. Resultados: Foram analisadas as características de 47 diretores no período de 1975 a 2015, sendo 96% homens e apenas 4% mulheres. Nenhum deles era negro. Em relação à profissão, a maioria era médico (70,2%), seguido de advogados (12,7%). Deste total, 53,2% profissionais não eram funcionários do hospital. Conclusão: Por fim, identificou ­- se que não há políticas institucionais que garantam equidade no acesso aos cargos de tomada de decisão, no que diz respeito à raça, gênero e profissão. Além disso, o combate às desigualdades de gênero e raça está fortemente direcionado ao cuidado com o usuário, não priorizando o olhar para o percurso dos trabalhadores na instituição. Entende-se que discutir equidade de raça e gênero na sociedade está no centro dos atuais debates emergentes mundiais.


Objective: This study aims to know the characteristics of the professionals who held the directorships of a large hospital located in the southern region of the country and linked to the Ministry of Health from 1975 to 2015, and to analyze the policies of equity and inclusion in positions. management in health institutions. Method: The variables of gender , race and profession were analyzed from the quantitative and qualitative approach of the professionals who held management positions in the Board, performed in three stages: 1) gathering information about the profile of the Directors; 2) conducting the interview with a member of the executive board of directors; 3) interviews with two members of the equality committees. Results: The characteristics of 47 directors from 1975 to 2015 were analyzed, 96% men and only 4% women. None of them were black. Regarding the profession, most were doctors (70.2%), followed by lawyers (12.7%). Of this total, 53.2% professionals were not hospital staff. Conclusion: Finally, it was identified that there are no institutional policies that guarantee equity in access to decision­ making positions, regarding race, gender and profession. In addition, the fight against gender and race inequalities is strongly directed to the care with the user , not priori zing the look at the workers' path in the institution. It is understood that discussing race and gender equity in society is at the center of the current emerging world debates.

7.
Rev. colomb. enferm ; 19(2): [1]-[25], ago. 2020.
Artigo em Espanhol | LILACS, BDENF, COLNAL | ID: biblio-1291191

RESUMO

Objetivo: Realizar una lectura crítica con perspectiva de género de la investigación reciente sobre hombres, salud sexual y salud reproductiva en América Latina, basada en una revisión de la literatura. Método: Fu e r o n seleccionados, sistematizados y analizados 67 estudios mediante un ejercicio hermenéutico. Resultados: Se halló que la masculinidad hegemónica sigue presente en las vivencias sexuales y reproductivas de los varones en la región, a pesar de observarse el tránsito hacia nuevas masculinidades, hecho relacionado en particular con la vivencia de la paternidad en que se incorporan la proximidad afectiva y el cuidado de los hijos. Desde la adolescencia se observa la construcción de valores, ideas y prácticas anudadas a la naturalización de una sexualidad masculina ajena al cuidado de sí y de otros. Los estudios sobre infecciones de transmisión sexual y VIH-sida muestran que los estereotipos viriles llevan a no percibir el riesgo de infectarse. De igual modo, estos estereotipos impiden a los hombres consultar ante la presencia de problemas que afectan su sexualidad. Los servicios de salud sexual y reproductiva aparecen en los estudios como excluyentes de los hombres y poco preparados para atender a la población masculina en los diferentes momentos del curso de vida y en la amplitud de sus necesidades de salud, además de mostrar ser poco integrales en su abordaje y poco sensibles a la diversidad. Conclusiones: Los autores insisten en la importancia de impactar las construcciones sobre la masculinidad para desarrollar actitudes de autocuidado y conciencia del cuidado de otros, así como para generar cambios en las relaciones de género. Cuando están diseñados para responder a las necesidades de los hombres, con perspectiva de masculinidades, los programas logran ejercer cambios positivos. La política pública en salud, como instrumento de construcción de ciudadanía, tiene en sus manos la tarea de marcar caminos para avanzar en la equidad e igualdad de género en los países de América Latina, reconociendo la importancia de abrirle espacio a las nuevas masculinidades en los ámbitos de la sexualidad y la reproducción


Objective: Conduct, from a gender-focused, critical reading about recent research on men, sexual health, and reproductive health in Latin America was done, based on a literature review. Method: Sixty-seven studies were systematized and analyzed through a hermeneutical exercise. Results: H e ge m o n i c masculinity was found to be still present in the sexual and reproductive experiences of men in the region despite the transition to new masculinities, a fact particularly related to the fatherhood experience in which affective proximity and care of the children are incorporated. From adolescence, the construction of values, ideas, and practices linked to the naturalization of the male sexuality detached from the care of themselves and others is observed. Studies on sexually transmitted infections and HIV/AIDS show that masculinity stereotypes lead to perceive no risk of infection. Similarly, these stereotypes prevent men from consulting on issues affecting their sexuality. Sexual and reproductive health services appear in the studies to exclude men and be poorly prepared to treat the male population at different moments in their lives and at the extent of their health needs; besides, they showed low comprehensiveness of their approach and poor sensitivity to diversity. Conclusions: The authors insist on the relevance of having an impact on masculinity constructions to develop self-care attitudes and awareness of caring for others, and to bring about changes in gender relationships. Programs succeed in bringing about positive changes when they are designed to meet men's needs under a masculinities perspective. Health public policy, as an instrument for building citizenship, has the task at hand of marking out paths to advance gender equity and equality in Latin American countries, recognizing the importance of opening up space for new masculinities in the areas of sexuality and reproduction.


Objetivo: realizar uma leitura crítica com perspectiva de gênero de pesquisas recentes sobre homens, saúde sexual e saúde reprodutiva na América Latina, a partir de uma revisão da literatura. M ét o d o : 67 estudos foram sistematizados e analisados por meio de um exercício hermenêutico. Resultados: constatou-se que a masculinidade hegemônica ainda está presente nas vivências sexuais e reprodutivas dos homens na região, apesar de se observar a transição para novas masculinidades, fato relacionado, em particular, com a vivência da paternidade em que são incorporados a proximidade afetiva e o cuidado dos filhos. Desde a adolescência observa-se a construção de valores, ideias e práticas vinculadas à naturalização de uma sexualidade masculina alheia ao cuidado de si e do outro. Estudos sobre infecções sexualmente transmissíveis e HIV-AIDS mostram que os estereótipos viris levam à não percepção do risco de infecção. Da mesma forma, esses estereótipos impedem aos homens consultar na presença de problemas que afetam sua sexualidade. Os serviços de saúde sexual e reprodutiva aparecem nos estudos como excludentes dos homens e pouco preparados para atender a população masculina em diferentes momentos do curso de vida e na amplitude de suas necessidades de saúde, além de se mostrar pouco abrangentes em sua abordagem e pouco sensíveis à diversidade. Conclusões:Os autores insistem na importância de impactar as construções sobre a masculinidade para desenvolver atitudes de autocuidado e consciência de cuidar do outro, bem como para gerar mudanças nas relações de gênero. Quando os programas são elaborados para atender às necessidades dos homens, com uma perspectiva de masculinidade, alcançam mudanças positivas. A política pública em saúde, como instrumento de construção da cidadania, tem em suas mãos a tarefa de marcar caminhos para o avanço da equidade e igualdade de gênero nos países da América Latina, reconhecendo a importância de abrir espaço para as novas masculinidades nos âmbitos da sexualidade e da reprodução


Assuntos
Paternidade , Sensibilidade e Especificidade , Masculinidade , Saúde Sexual , Equidade de Gênero , Homens
8.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 36(4): e00193918, 2020. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1100938

RESUMO

Resumo: O objetivo foi analisar os discursos de adolescentes e profissionais de saúde em um estado da Venezuela acerca do acesso desta população à informação sobre saúde sexual e reprodutiva. Realizaram-se 12 entrevistas com adolescentes e 12 com profissionais, trabalhadas com a Análise de Discurso Crítica de Fairclough. Os resultados estruturaram-se em 3 temas: desigualdades de gênero; estratégias utilizadas pelos adolescentes e dificuldades dos serviços de saúde. Nos argumentos identificados, observa-se que a cultura das famílias matricentradas limita o acesso das meninas à informação sobre saúde sexual. Das meninas e dos adolescentes homossexuais, exige-se maior esforço no acesso à informação. Ambos os grupos procuram serviços fora de sua área de residência por temor à família ou por não confiar no sigilo profissional. As fontes privilegiadas pelos adolescentes para obter informação são: amigos e Internet. Um dos principais desafios é reconhecer os dispositivos institucionais que atuam na sociedade venezuelana, com maior força nas relações de poder na família, na escola e serviços de saúde. Tais barreiras reforçam o sexual double standard, perpetuando modelos de dominação patriarcal. Sua naturalização possibilita uma reprodução silenciosa de crenças/atitudes, provocando desigualdades de gênero no acesso aos serviços de saúde. As mudanças na prestação dos serviços oferecidos para adolescentes envolveriam renegociação das posições subjetivas tradicionais na interação profissional-usuário e desconstrução das relações de poder. É com participação de novas gerações de adolescentes, profissionais, pais, professores, produzindo discursos e normas de gênero mais equitativas, que possíveis mudanças serão engendradas.


Abstract: The objective was to analyze the discourses of adolescents and health professionals in a state of Venezuela concerning this age group's access to information on sexual and reproductive health. Interviews were conducted with 12 adolescents and 12 health professionals and processed with Fairclough's Critical Discourse Analysis. The results were structured in three themes: gender inequalities; strategies used by adolescents; and difficulties in the health services. The arguments revealed that matricentric family culture limits girls' access to information on sexual health. Greater effort is required of girls and homosexual adolescents to access information. Both of them seek health services outside their area of residence, due to fear of the family or lack of trust in professional secrecy. The prime sources for adolescents to information are friends and the Internet. One of the main challenges is to recognize the institutional devices acting in Venezuelan society, with greater force in power relations in the family, school, and health services. Such barriers reinforce the "sexual double standard", perpetuating models of patriarchal domination. The naturalization of such models allows the silent reproduction of beliefs and attitudes, causing gender inequalities in access to health services. Changes in the provision of services offered to adolescents involve renegotiation of traditional subjective positions in user-provider interaction and deconstruction of gender relations. Possible changes will be engendered with participation by new generations of adolescents, health professionals, parents, and teachers, producing more equitable gender discourses and norms.


Resumen: El objetivo fue analizar los discursos de adolescentes y profesionales de salud, en un estado de Venezuela, sobre el acceso de esta población a la información sobre salud sexual y reproductiva. Se realizaron 12 entrevistas con adolescentes y 12 con profesionales, trabajadas con Análisis del Discurso Crítico de Fairclough. Los resultados se estructuraron en 3 temas: desigualdades de género; estrategias utilizadas por los adolescentes y dificultades de los servicios de salud. En los argumentos identificados se observa que la cultura de las familias matricentradas limita el acceso de las niñas a la información sobre salud sexual. De las niñas y de los adolescentes homosexuales se exige mayor esfuerzo en el acceso a la información. Ambos grupos buscaron servicios fuera de su área de residencia por temor a la familia o por no confiar en el secreto profesional. Las fuentes privilegiadas por los adolescentes para obtener información son: amigos e Internet. Uno de los principales desafíos es reconocer los dispositivos institucionales que actúan en la sociedad venezolana, con mayor fuerza en las relaciones de poder en la familia, en la escuela y servicios de salud. Tales barreras refuerzan el sexual double standard, perpetuando modelos de dominación patriarcal. Su naturalización posibilita una reproducción silenciosa de creencias/actitudes, provocando desigualdades de género en el acceso a los servicios de salud. Los cambios en la prestación de los servicios ofrecidos para adolescentes implicarían la renegociación de las posiciones subjetivas tradicionales en la interacción profesional-usuario y la deconstrucción de las relaciones de poder. Es con la participación de nuevas generaciones de adolescentes, profesionales, padres, profesores, produciendo discursos y normas de género más equitativas, que posibles cambios serán generados.


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Comportamento Sexual/psicologia , Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde , Comportamento do Adolescente/psicologia , Acesso à Informação , Saúde Reprodutiva , Saúde Sexual , Venezuela , Brasil
9.
RECIIS (Online) ; 13(3): 496-508, jul.-set. 2019. ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1016433

RESUMO

O objetivo do estudo aqui apresentado foi analisar os sentidos atribuídos por agentes comunitários de saúde acerca do cuidado em saúde para as populações LGBT. O método baseia-se numa abordagem de pesquisa qualitativa, por meio de entrevistas semiestruturadas com quinze agentes comunitários de saúde da Estratégia Saúde da Família de uma capital no Nordeste brasileiro. Os dados foram analisados a partir do método de interpretação de sentidos. Entre os principais resultados, destacaram-se dois grandes blocos: (i) demandas de saúde das populações LGBT; e (ii) atuação profissional junto às populações LGBT. A saúde das populações LGBT, especialmente na atenção básica, é uma complexa questão que não tem recebido a devida atenção por parte da formação, gestão e da atenção em saúde como um todo. Dessa forma, a atuação problematizadora desse trabalho coletou relatos, identificou problemas e questões e, consequentemente, por intermédio das percepções dos agentes comunitários de saúde, identificou as violências, negações e discriminações que vivenciam parcelas das populações LGBT nas unidades de saúde, espaços que deveriam oferecer cuidado equânime e integral.


The objective of the study presented here was to analyze the meanings attributed by community health agents regarding health care to LGBT population. The method is based on a qualitative research approach, through semi-structured interviews with 15 community health agents of the Estratégia Saúde da Família (Family Health Strategy, a Brazilian health programme) of a city of the Northeast Region of Brazil. The data were analyzed using the meaning interpretation method. Among the main results, two stand out: (i) LGBT population health claims; and (ii) Professional performance in regard to LGBT population. The health of LGBT population, especially in primary care, is a complex issue which hasn't received the proper attention by care formation, management and health attention as a whole. Thus, with the purpose of identifying the origins of that issue this work collected reports, detected problems and related issues and, consequently, by means of perceptions of the community health agents discovered the violences, denials and discriminations that some LGBT experience in health units, spaces who should provide impartial and comprehensive care.


El objetivo del estudio aquí presentado fue analizar los sentidos atribuidos por agentes comunitarios de salud acerca del cuidado en salud a la población LGBT. El método se basa en un enfoque de investigación cualitativa, a través de entrevistas semiestructuradas con 15 agentes comunitarios de salud de la Estratégia Saúde da Família (Estrategia Salud de la Familia, programa brasileño de salud) de una ciudad de la Región Nordeste de Brasil. Los datos fueron analizados a partir del método de interpretación de sentidos. Entre los principales resultados, se destacaron dos: (i) Demandas de salud de la población LGBT; y (ii) Actuación profesional ante la población LGBT. La salud de la población LGBT, especialmente en la atención primaria de salud, es una compleja cuestión que no ha estado recibiendo la debida atención por parte de la formación, gestión y atención en salud como un todo. Así que la actuación problematizadora de este trabajo ha reunido relatos, identificado problemas y cuestiones y, consecuentemente, por medio de la percepción de los agentes comunitarios de salud, ha descubiertolas violencias, negaciones y discriminaciones que vivencian algunas personas LGBT en las unidades de salud, espacios que deberián ofrecer cuidado ecuánime e integral.


Assuntos
Humanos , Minorias Sexuais e de Gênero , Ativismo Político , Diversidade de Gênero , Identidade de Gênero , Relações Interpessoais , Comportamento Sexual , Sistema Único de Saúde , Agentes Comunitários de Saúde , Assistência Integral à Saúde , Pesquisa Qualitativa
10.
Saúde Soc ; 28(1): 121-134, jan.-mar. 2019.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-991672

RESUMO

Resumo Este ensaio pretende refletir sobre como a sexualidade tem sido circunscrita por alguns campos do conhecimento, sobretudo aqueles ligados à medicina, e como isso nos afeta no contexto social atual. Partindo do pressuposto de que estamos imersos em uma rede de dispositivos que se constituem como condição de nossa própria existência, examinamos especialmente as experiências relacionadas aos gêneros e às sexualidades que escapam do enquadramento normativo habitual, buscando localizar suas dimensões políticas a partir de alguns elementos extraídos das elaborações do psicanalista Jacques Lacan e dos filósofos Judith Butler e Giorgio Agamben. Pretende-se manter no horizonte a pergunta relacionada aos modos de resistência e invenções que podemos produzir estando dentro dessa rede. Adentramos na temática revisitando algumas noções incorporadas ao campo médico - sobretudo ao da psiquiatria - para, em seguida, nos debruçarmos, mais especificamente, sobre algumas experiências trans que têm ocupado espaço nos meios de comunicação de massa e redes sociais. Esses relatos, ao revelar algo que escapa a qualquer tentativa de normatização, subsidiarão propostas de formas do político, tendo como foco as singularidades com o objetivo de provocar reflexões que possam (re)orientar as nossas práticas no cotidiano.


Abstract This essay intends to reflect on how sexuality has been circumscribed by some fields of knowledge, especially those related to medicine, and how this affects us in the current social context. Based on the assumption that we are immersed in a network of devices that are a condition of our own existence, we especially examine the experiences related to genres and sexualities that escape from the established normative framework, seeking to locate its political dimensions from some elements extracted from the elaborations of the psychoanalyst Jacques Lacan and the philosophers Judith Butler and Giorgio Agamben. We intend to keep on sight the question related to the modes of resistance and inventions that we can produce being within that network. We approached the subject revisiting some notions that were incorporated into the medical field - especially that of psychiatry - and then, more specifically, we analyzed some trans experiences that have occupied space in the mass media and social networks. These reports, when revealing something that escapes any attempt of normalization, will subsidize proposals of forms of the political, focusing on the singularities to provoke reflections that can (re)orient our practices in the everyday life.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Prática de Saúde Pública , Sexualidade , Pessoas Transgênero , Identidade de Gênero , Política de Saúde
11.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 35(4): e00110618, 2019. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1001644

RESUMO

The article examines health itineraries followed by Brazilian travestis, trans men and trans women in the affirmation of their gender, based on the survey Trans Uerj: Health and Citizenship of Trans People in Brazil. The survey's main objectives were to gauge the trans/travesti population's diversity and sociodemographic profile; and to map the various ways they access their rights as citizens, especially to healthcare services and body modification technologies. Interviewers, mainly trans people and travestis, applied 391 questionnaires in the city of Rio de Janeiro and its metropolitan region to interviewees of different social classes, schooling levels and gender identity configurations, contacted through the interviewers' social networks. For defining respondents' gender identities the survey used an original method based on self-definitions, which were then aggregated into 6 categories for data analysis purposes. This article discusses the multiple strategies used by this trans population in gender affirmation processes to gain access to regulated and/or unregulated use of hormones and surgical procedures.


O artigo examina os itinerários de saúde seguidos por travestis e mulheres e homens trans brasileiros na afirmação do seu próprio gênero, com base no inquérito Trans Uerj: Health and Citizenship of Trans People in Brazil. O inquérito teve como objetivos avaliar a diversidade e o perfil sociodemográfico da população trans/travesti e mapear as diversas maneiras pelas quais garantem seus direitos de cidadania, principalmente nos serviços saúde e em tecnologias de modificação do corpo. Os entrevistadores, majoritariamente pessoas trans e travestis, aplicaram 391 questionários na cidade e Região Metropolitana do Rio de Janeiro, com entrevistados/as de diferentes classes sociais, níveis de escolaridade e configurações de identidade de gênero, contatados através das redes sociais dos entrevistadores. A definição da identidade de gênero dos entrevistados usou um método original baseado nas autodefinições; as definições foram agregadas depois em seis categorias para fins de análise dos dados. O artigo discute as múltiplas estratégias utilizadas pela população trans nos processos de afirmação de gênero para obter acesso ao uso regulado e/ou não regulado de hormônios e procedimentos cirúrgicos.


El artículo examina los itinerarios de salud seguidos por travestis brasileños, hombres trans y mujeres trans para la afirmación de su género, está basado en la encuesta Trans Uerj: Health and Citizenship of Trans People in Brazil. Los objetivos principales de esta encuesta fueron evaluar la diversidad de la población trans/travesti y su perfil sociodemográfico; así como mapear los diferentes caminos gracias a los que consiguen tener acceso a sus derechos como ciudadanos, especialmente en lo que concierne a servicios de salud y técnicas de modificación corporales. Se entrevistaron principalmente a personas trans y travestis, de quienes se recabaron 391 cuestionarios en la ciudad de Río de Janeiro y su región metropolitana, procedentes de diferentes clases sociales, niveles educacionales y configuraciones de identidad de género, que fueron contactados a través de redes sociales por parte de los entrevistadores. Con el fin de definir las identidades de género de quienes respondieron la encuesta, se usó un método original basado en autodefiniciones, que posteriormente fueron añadidas a 6 categorías para fines de análisis de datos. Este artículo discute las múltiples estrategias utilizadas, por parte de esta población trans en procesos de afirmación de género, para conseguir acceso al uso de hormonas reguladas y/o irregulares, así como procedimientos quirúrgicos.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Somatotipos , Transexualidade/cirurgia , Travestilidade/cirurgia , Pessoas Transgênero/estatística & dados numéricos , Identidade de Gênero , Automedicação , Apoio Social , Fatores Socioeconômicos , Transexualidade/classificação , Brasil/epidemiologia , Inquéritos e Questionários , Autorrelato , Pessoas Transgênero/legislação & jurisprudência , Acesso aos Serviços de Saúde , Hormônios/administração & dosagem
12.
Online braz. j. nurs. (Online) ; 17(4)dez. 2018. ilus
Artigo em Inglês, Espanhol, Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1119358

RESUMO

OBJETIVO: compreender as repercussões da dor social sobre os papéis de gênero de mulheres e homens com doença falciforme. MÉTODO: estudo qualitativo, exploratório, realizado num Centro de Referência em doença falciforme de um município do interior da Bahia. Os dados obtidos de desenhos estória-tema e entrevistas com 16 pessoas foram submetidos à análise de conteúdo temática. RESULTADOS: emergiram duas categorias: "A dor social nas mulheres com doença falciforme se expressa na impossibilidade de ser dona de casa, mãe e mulher sexuada" e "A dor social de homens com doença falciforme se expressa na dificuldade de manter-se trabalhador, ser provedor e homem sexualmente ativo". DISCUSSÃO: a exclusão do trabalho, as alterações da sexualidade e parentalidade interferem nos projetos de vida e mantém a reprodução de estereótipos de gênero. CONCLUSÃO: a escuta sensível numa abordagem de cuidado multiprofissional deve fazer parte do plano terapêutico de pessoas com doença falciforme.


AIM: Social pain, gender, and people with sickle cell disease: an exploratory study. METHOD: this is a qualitative and exploratory study and it was conducted in a Sickle Cell Disease Reference Center in a municipality in the interior of Bahia. The data obtained from theme-story drawings and interviews with 16 people were submitted to thematic content analysis. RESULTS: two categories have emerged: "Social pain in women with sickle cell disease is expressed in the impossibility of being a housewife, mother and woman sexually" and "The social pain of men with sickle cell disease is expressed in the difficulty of being a worker, a provider and a sexually active man". DISCUSSION: the exclusion of work, changes in sexuality and parenting interfere in life projects and maintain the reproduction of gender stereotypes. CONCLUSION: sensitive listening in a multiprofessional care approach should be part of the therapeutic plan for people with sickle cell disease.


OBJETIVO: compreender las repercusiones del dolor social sobre los papeles de género de mujeres y hombres con enfermedad de las células falciforme. MÉTODO: estudio cualitativo, exploratorio, realizado en un Centro de Referencia en enfermedad falciforme de un municipio del interior de Bahía. Los datos obtenidos de los dibujos historietas-tema y entrevistas con 16 personas se sometieron al análisis de contenido temático. RESULTADOS: emergieron dos categorías: "El dolor social en las mujeres con enfermedad falciforme se expresa en la imposibilidad de ser ama de casa, madre y mujer sexuada" y "El dolor social de hombres con enfermedad falciforme se expresa en la dificultad de mantenerse trabajando, ser proveedor y hombre sexualmente activo". DISCUSIÓN: la exclusión del trabajo, las alteraciones de la sexualidad y la vida parental, interfieren en los proyectos de vida y mantienen la reproducción de estereotipos de género. CONCLUSIÓN: la escucha sensibilizada en el abordaje de cuidado multiprofesional debe hacer parte del plan terapéutico de personas con enfermedad de células falciforme.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Identificação Social , Identidade de Gênero , Anemia Falciforme , Doença Crônica , Saúde da Mulher , Saúde do Homem
13.
Arq. bras. cardiol ; 111(5): 676-683, Nov. 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-973788

RESUMO

Abstract Background: Among patients with heart disease, depression and anxiety disorders are highly prevalent and persistent. Both depression and anxiety play a significant role in cardiovascular disease progression and are acknowledged to be independent risk factors. However, there is very little gender-related analysis concerning cardiovascular diseases and emotional disorders. Objective: We aimed to evaluate depression and anxiety levels in patients suffering from myocardial infarction [MI] within the first month after the MI and to assess the association between cardiovascular disease risk factors, demographic indicators and emotional disorders, as well as to determine whether there are gender-based differences or similarities. Methods: This survey included demographic questions, clinical characteristics, questions about cardiovascular disease risk factors and the use of the Hospital Anxiety and Depression Scale [HADS]. All statistical tests were two-sided, and p values < 0.05 were considered statistically significant. Results: It was determined that 71.4% of female and 60.4% of male patients had concomitant anxiety and/or depression symptomatology (p = 0.006). Using men as the reference point, women had an elevated risk of having some type of psychiatric disorder (odds ratio, 2.86, p = 0.007). The HADS-D score was notably higher in women (8.66 ± 3.717) than men (6.87 ± 4.531, p = 0.004). It was determined that male patients who developed depression were on average younger than those without depression (p = 0.005). Conclusions: Women demonstrated an elevated risk of having anxiety and/or depression disorder compared to men. Furthermore, depression severity increased with age in men, while anxiety severity decreased. In contrast, depression and anxiety severity was similar for women of all ages after the MI. A higher depression score was associated with diabetes and physical inactivity, whereas a higher anxiety score was associated with smoking in men. Hypercholesterolemia was associated with both higher anxiety and depression scores, and a higher depression score was associated with physical inactivity in women.


Resumo Fundamento: Os pacientes com doença cardíaca, depressão e transtornos de ansiedade são altamente prevalentes e persistentes. A depressão e a ansiedade desempenham um papel significativo na progressão da doença cardiovascular e são reconhecidas como fatores de risco independentes. No entanto, há muito pouca análise relacionada ao gênero em relação às doenças cardiovasculares e transtornos emocionais. Objetivo: Avaliar os níveis de depressão e ansiedade em pacientes com infarto do miocárdio (IM) no primeiro mês após o IM e avaliar a relação entre os fatores de risco para doença cardiovascular, indicadores demográficos e distúrbios emocionais, bem como determinar se existem diferenças ou semelhanças baseadas no sexo do paciente. Métodos: Esta pesquisa incluiu questões demográficas, características clínicas, questões sobre fatores de risco de doença cardiovascular e a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão [HADS]. Todos os testes estatísticos foram bilaterais, e valores de p < 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Resultados: Determinou-se que 71,4% dos pacientes do sexo feminino e 60,4% dos pacientes do sexo masculino apresentavam sintomatologia concomitante de ansiedade e/ou depressão (p = 0,006). Utilizando os homens como o ponto de referência, as mulheres mostraram um risco elevado de apresentar qualquer distúrbio psiquiátrico (odds ratio, 2,86, p = 0,007). O escore da HADS-D foi notavelmente maior nas mulheres (8,66 ± 3,717) do que nos homens (6,87 ± 4,531, p = 0,004). Foi determinado que os pacientes do sexo masculino que desenvolveram depressão eram em média mais jovens do que aqueles sem depressão (p = 0,005). Conclusões: As mulheres demonstraram risco mais elevado de apresentar distúrbio de ansiedade e/ou depressão em comparação aos homens. Além disso, a gravidade da depressão aumentou com a idade entre os homens, enquanto o gravidade da ansiedade diminuiu. Em contraste, a gravidade da depressão e ansiedade foram semelhantes para mulheres de todas as idades após o IM. Um maior escore de depressão foi associado com diabetes e inatividade física, e o maior escore de ansiedade foi associado ao tabagismo nos homens. A hipercolesterolemia foi associada tanto aos maiores escores de ansiedade e depressão, enquanto um maior escore de depressão foi associado à inatividade física entre mulheres.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Ansiedade/etiologia , Depressão/etiologia , Infarto do Miocárdio/complicações , Ansiedade/diagnóstico , Transtornos de Ansiedade/diagnóstico , Transtornos de Ansiedade/etiologia , Escalas de Graduação Psiquiátrica , Índice de Gravidade de Doença , Fumar , Fatores Sexuais , Fatores de Risco , Fatores Etários , Complicações do Diabetes/complicações , Depressão/diagnóstico , Transtorno Depressivo/diagnóstico , Transtorno Depressivo/etiologia , Diabetes Mellitus , Comportamento Sedentário , Hipercolesterolemia/complicações
14.
Rev. Ciênc. Plur ; 4(3): 91-99, 2018.
Artigo em Português | LILACS, BBO | ID: biblio-988271

RESUMO

Introdução: Lésbicas, gays, bissexuais, travestis etransexuais LGBT, esse é o grupo protagonista da Política Nacional de Saúde Integral LGBT. Embora com características e pensamentos diferentes, eles vêm reivindicando o livre e pleno acesso às políticas de saúde pública no intuito de prevenir doenças, dentre elas, o câncer prostático. Eles estão dentro da área de risco, mas poucos são diagnosticados com esse câncer.Objetivo: Descrever a compreensão do câncer prostático na visão do grupo LGBT.Métodos: Trata-se de um estudo realizado por um levantamento bibliográfico, a partir do método de revisão integrativa de literatura, que tratavam dos seguintes temas: diferenças de gêneros, sexualidade e câncer prostático. Resultados: Os resultados apontam que há dificuldades dos profissionais de saúde relacionados à deficiência no acolhimento, à precariedade do atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS), onde os mesmos são prejudicados por não terem uma assistência diferenciada de acordo com cada gênero e suas peculiaridades.Conclusões: Pode-se identificar que o atendimento nos serviços de saúde às pessoas pertencentes ao grupo LGBT ainda é um desafio. Dentre eles, o fato de que há profissionais da saúde despreparados ao prestar assistência a um paciente transexual, travesti, dentre outros (AU).


Introduction: LGBT lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transsexuals, this is the main group of the National LGBT Comprehensive Health Policy. Although with different characteristics and thoughts, they have been claiming the free and full access to public health policies in order to prevent diseases, among them, prostate cancer. They are within the risk area, but few are diagnosed with this cancer.Objective: To describe the understanding of prostate cancer in the view of the LGBT group.Methods: This is a study carried out by a bibliographical survey, based on the integrative literature review method, which dealt with the following themes: gender differences, sexuality and prostate cancer.Results: The results indicate that there are difficulties of the health professionals related to the deficiency in the reception, to the precariousness of the care in the Basic Health Unit (UBS), where they are harmed by not having a differentiated care according to each gender and its peculiarities.Conclusions: It can be identified that the care in the health services to the people belonging to the LGBT group is still a challenge. Among them, the fact that health professionals are unprepared when assisting a transsexual patient, transvestite, among others (AU).


Assuntos
Neoplasias da Próstata , Assistência Integral à Saúde , Política de Saúde , Identidade de Gênero , Brasil , Pessoal de Saúde
15.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-978843

RESUMO

RESUMO Problematiza-se neste artigo a incorporação da dimensão das masculinidades como fomentadora de estratégias de gestão na Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH) brasileira. A leitura aprofundada sobre as masculinidades percebidas em seu caráter interseccional pode aprimorar o contexto atual de revisão dessa política, principalmente quando características socioculturais marcantes brasileiras, como a desigualdade social e o racismo, estão diretamente associadas aos altos índices de agravos em saúde e mortalidade de homens negros, pobres e jovens em decorrência da violência urbana. Percebe-se que os discursos que colocam os homens como sujeitos que buscam os serviços de saúde apenas quando há agravamento dos sintomas são desprovidos de uma leitura que reconheça que os marcadores sociais da diferença, como classe social e raça, produzem iniquidades em saúde. A interseccionalidade permite uma visão do acesso aos serviços de saúde como dependente do território onde os homens circulam e dos meios (sociais, políticos) que influenciam o seu reconhecimento como sujeitos de direito. Tendo em vista que determinadas masculinidades são invisíveis no interior de políticas públicas de saúde, aprofunda-se a leitura acerca de masculinidade e saúde numa perspectiva pós-estruturalista, enquanto fomentadora de modos de pensar e fazer gestão em saúde do homem. Por fim, são descritos aspectos indispensáveis aos processos de revisão das diretrizes de políticas destinadas a essa população.


ABSTRACT The present article problematizes the incorporation of masculinities as a dimension to propel management strategies within the Brazilian National Policy of Comprehensive Men's Health Care (PNAISH). A close reading of masculinities as perceived through their intersectional character may contribute to improving the present context of review of this policy, especially considering that sociocultural characteristics that are essentially Brazilian, such as social inequality and racism, are directly associated with the high morbidity and mortality rates affecting black, young, and poor men as a result of urban violence. It becomes clear that the discourses that view men as subjects that seek health care services only in the presence of worsening symptoms do not recognize the role of social markers of difference, such as social class and race, in producing health inequities. Intersectionality provides a view of health care access as dependent on the territory where men move and on the (social, political) means that influence the recognition of men as rightful subjects. Given that certain masculinities are invisible within the arena of public health care policies, a deeper reading regarding masculinity and health is proposed from a post-structuralist perspective, as a means of thinking and doing men's health. Finally, the article also describes aspects that are essential for the review of the guidelines and policies aimed at this population.


RESUMEN En el presente artículo se plantea la incorporación de la dimensión de la masculinidad para impulsar las estrategias de gestión en la Política Nacional de Atención Integral a la Salud del Hombre (PNAISH) en Brasil. Una lectura detallada de la masculinidad entendida a la luz de su carácter interseccional puede mejorar el contexto actual de revisión de esa política, principalmente al considerar que algunas características socioculturales distintivas del país, como la desigualdad social y el racismo, guardan una relación directa con las altas tasas de morbilidad y mortalidad de los hombres negros, pobres y jóvenes como consecuencia de la violencia urbana. Se observa que el discurso en el cual se considera que los hombres acuden a los servicios de atención de salud solamente cuando se agravan los síntomas carece de información conducente a reconocer que los marcadores sociales de diferencia, como la clase social y la raza, producen inequidades en salud. La interseccionalidad permite tener una visión del acceso a los servicios de salud como algo dependiente del territorio donde circulan los hombres y de los medios (sociales y políticos) que influyen en su reconocimiento como sujetos de derecho. Dado que en determinados casos la masculinidad es invisible dentro del campo de las políticas públicas de salud, se propone una lectura más detallada sobre la masculinidad y la salud en el marco de una perspectiva posestructuralista, que fomente diversas maneras de pensar en la salud del hombre y de realizar la gestión correspondiente. Por último, se describen algunos aspectos indispensables para los procesos de revisión de las directrices de políticas destinadas a esa población.


Assuntos
Saúde do Homem , Masculinidade , Identidade de Gênero , Política de Saúde , Brasil
16.
Physis (Rio J.) ; 28(3): e280309, 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-955485

RESUMO

Resumo Tratou-se da experiência de 20 mulheres com diagnóstico de endometriose em sua dimensão primeira e pungente - a dor -, a partir de pesquisa realizada através de grupos virtuais. O objetivo do artigo é discutir os significados atribuídos por mulheres à dor causada pela endometriose, enquanto parte da dimensão íntima do protagonismo de se viver com esta doença. Bertaux deu os matizes metodológicos da pesquisa através do método Narrativas de vida. A discussão do material foi abalizada por autoras que discutem o tema endometriose e adoecimento crônico, mas, sobretudo, pela antropologia da dor de Le Breton e pela antropologia médica de Cecil Helman. As narrativas estreiam a partir da explicação, metafórica e clínica, da dor, para que o interlocutor possa alcançar a dimensão desse fenômeno naquilo que significa, para elas, viver esse sintoma. Algo que, num momento inicial, parafraseando Aureliano, é nomeado de performatividade. Ao perpassar as discussões sobre a in-visibilidade desse sintoma, pode-se discutir seus desdobramentos, que esbarram em desqualificação. Conclui-se que as narrativas deste estudo foram acionadas a partir de uma performatividade que teve por objetivo contrarreagir à banalização corrente a que mulheres com endometriose são submetidas.


Abstract This was the experience of 20 women diagnosed with endometriosis in their first and poignant dimension - pain - based on a survey among virtual groups. This article aims to discuss the meanings attributed by women to pain caused by endometriosis, as part of the inner dimension of protagonism of living with this disease. Bertaux gave the methodological arrays of the research through the method Narratives of Life. The discussion about the material was supported by authors who discuss the topic endometriosis and chronic illness, but, above all, by the anthropology of pain of Le Breton and the medical anthropology of Cecil Helman. The narratives start from the metaphorical and clinical explanation of pain so that the interlocutor can reach the dimension of this phenomenon in what it means for them to live this symptom. Something that, in an initial moment, paraphrasing Aureliano, is named of performativity. In discussing the invisibility of this symptom, one can discuss its unfolding, which runs into disqualification. The conclusion is that the narratives in this study were triggered from a performativity that aimed to counteract the current trivialization to which women with endometriosis are submitted.


Assuntos
Humanos , Feminino , Dor , Mulheres , Doença Crônica , Saúde da Mulher , Endometriose/diagnóstico , Brasil , Saúde Pública , Pesquisa Qualitativa
17.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(5): e00208216, 2018. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-889980

RESUMO

Resumo: Este estudo teve por objetivo compreender como trabalhadores metalúrgicos vivenciam a incapacidade prolongada para o trabalho por lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT) e o impacto do adoecimento crônico na construção/desconstrução da masculinidade. Foi realizado um estudo qualitativo baseado em entrevistas narrativas com homens metalúrgicos de um complexo automotivo no Estado da Bahia, Brasil. Os resultados revelaram como o conflito da experiência de adoecimento, a tentativa de manutenção da identidade masculina, bem como as expectativas de cumprir as regras ditadas pela masculinidade hegemônica são vivenciadas e significadas no cotidiano. A experiência de adoecimento dos metalúrgicos com LER/DORT se expressa na incapacitação para o trabalho, desconstrução da autoimagem, perda da identidade coletiva, desconstrução do self e interdição do futuro. Conclui-se que a masculinidade hegemônica expõe os homens a mais riscos em saúde, cumpre papel mediador do adoecimento no trabalho, altera trajetórias de cuidado e explica a resistência dos homens em procurar ajuda.


Abstract: This study aimed to reveal how metalworkers experience prolonged incapacity for work due to repetitive strain injury/work-related musculoskeletal disorder (RSI/WRMD) and the impact of chronic illness on the construction/deconstruction of masculinity. A qualitative study was performed, based on narrative interviews with male metalworkers in an automotive factory in the State of Bahia, Brazil. The results showed how the conflict in the experience of illness, the maintenance of male identity, and expectations of meeting the rules dictated by hegemonic masculinity are experienced and signified in daily life. Metalworkers' experience of illness with RSI/WRMD is expressed in their incapacity for work, deconstruction of self-esteem, loss of collective identity, and interruption of future prospects. In conclusion, hegemonic masculinity exposes men to more health risks, plays a mediating role in work-related illness, alters trajectories of care, and explains men's unwillingness to seek help.


Resumen: El objetivo de este estudio fue comprender cómo viven la incapacidad prolongada para el trabajo, debido a lesiones por esfuerzos repetitivos y trastornos osteo muscular relacionados con el trabajo (LER/DORT), los trabajadores metalúrgicos, así como su impacto en el padecimiento crónico y en la construcción/deconstrucción de la masculinidad. Se realizó un estudio cualitativo, basado en entrevistas narrativas con hombres del sector metalúrgico de un complejo automovilístico en el estado de Bahía, Brasil. Los resultados revelaron cómo el conflicto de la experiencia del padecimiento, el mantenimiento de su identidad masculina, así como las expectativas de cumplir las reglas dictadas por la masculinidad hegemónica se viven y se manifiestan en el día a día. La experiencia de padecimiento de los trabajadores metalúrgicos con LER/DORT se expresa en la incapacitación para el trabajo, deconstrucción de la autoimagen, pérdida de la identidad colectiva, deconstrucción del self y la ausencia de perspectivas de futuro. Se concluye que la masculinidad hegemónica expone a los hombres a más riesgos en salud, cumple un papel mediador de la enfermedad en el trabajo, altera trayectorias de cuidado y explica la resistencia de los hombres a buscar ayuda.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Transtornos Traumáticos Cumulativos/psicologia , Saúde do Homem , Masculinidade , Identidade de Gênero , Metalurgia , Doenças Profissionais/psicologia , Autoimagem , Transtornos Traumáticos Cumulativos/complicações , Aceitação pelo Paciente de Cuidados de Saúde/psicologia , Doença Crônica , Pesquisa Qualitativa , Doenças Profissionais/complicações
18.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(9): e00219617, 2018. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-952458

RESUMO

Abstract: This study aims to estimate the relationship between employment status and depressive symptoms among Mexican adults, as well as to explore its differential effect by gender. Cross-sectional study of 36,516 adults between 20 and 59 years of age taken from the 2012 Mexican National Health and Nutrition Survey. Depressive symptoms were evaluated using the Center for Epidemiologic Studies Depression Scale (CES-D), and the employment status was determined a week before the survey. Logistic regression models were stratified by gender and education level and adjusted by sociodemographic and health-related conditions to estimate the association between depressive symptoms and employment status. The prevalence of clinically depressive symptoms was 7.59% for men and 18.62% for women. In the case of men, those who were unemployed were more likely to present depressive symptoms (OR = 1.66; 95%CI: 1.08-2.55) than those who were working. For women, employment status is not associated with the presence of depressive symptoms, except in students (OR = 1.57; 95%CI: 1.02-2.43) compared with those who were working. In both genders, disability preventing one from working was associated with depressive symptoms. Although being employed has been reported to be associated with lower levels of psychiatric morbidity, the estimated effect is different for men and women. Occupational health policies should consider these conditions.


Resumen: El objetivo de este estudio fue estimar la relación entre el estatus de empleo y los síntomas depresivos entre adultos mexicanos, así como estudiar su efecto diferencial por género. Se realizó un estudio transversal con 36.516 adultos entre 20 y 59 años de edad, procedentes de la Encuesta Nacional de Salud y Nutrición de 2012. Los síntomas depresivos se evaluaron usando la Center for Epidemiological Studies Depression Scale (CES-D), y el estatus de empleo se determinó una semana antes de la encuesta. Los modelos de regresión logística fueron estratificados por género, nivel educativo y ajustados por condiciones sociodemográficas, además de condiciones de salud informadas para estimar la asociación entre los síntomas depresivos y el estatus de empleo. La prevalencia de los síntomas clínicamente depresivos fue 7,59% para los hombres y 18,62% para las mujeres. En el caso de los hombres, quienes estaban desempleados tuvieron más predisposición de presentar síntomas depresivos (OR = 1,66; IC95%: 1,08-2,55), respecto a quienes estaban trabajando. Para las mujeres, el estatus de empleo no está asociado a la presencia de síntomas depresivos, excepto en estudiantes (OR = 1,57; IC95%: 1,02-2,43), si lo comparamos con quienes estaban trabajando. En ambos géneros, la baja laboral estuvo asociada con síntomas depresivos. El estar empleado supuso tener niveles más bajos de morbilidad psiquiátrica, aunque el efecto estimado es diferente para hombres y mujeres. Las políticas de salud ocupacional deberían considerar estas condiciones.


Resumo: O estudo teve como objetivo estimar a relação entre situação laboral e sintomas depressivos em adultos mexicanos, além de explorar o efeito de acordo com gênero. Foi realizado um estudo transversal em uma amostra de 36.516 adultos com idade entre 20 e 59 anos, usando dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, de 2012. Os sintomas depressivos foram avaliados com a Center for Epidemiological Studies Depression Scale (CES-D), e a situação laboral foi determinada uma semana antes da pesquisa. Modelos de regressão logística foram estratificados por gênero e nível de escolaridade e ajustados por condições sociodemográficas e de saúde para estimar a associação entre sintomas depressivos e situação laboral. A prevalência de sintomas depressivos foi de 7,59% em homens e 18,62% em mulheres. Os homens desempregados mostraram maior probabilidade de apresentar sintomas depressivos, quando comparados aos que estavam trabalhando (OR = 1,66; IC95%: 1,08-2,55). Para as mulheres, a situação laboral não mostrou associação com a presença de sintomas depressivos, exceto entre as estudantes (OR = 1,57; IC95%: 1,02-2,43), comparadas às que estavam trabalhando. Em ambos os sexos, a incapacidade para o trabalho esteve associada a sintomas depressivos. Embora o fato de estar empregado esteja associado a níveis menores de morbidade psiquiátrica, o efeito estimado é diferente para homens e mulheres. As políticas de saúde ocupacional devem levar em conta essas condições.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adulto , Adulto Jovem , Aposentadoria/psicologia , Depressão/psicologia , Emprego/psicologia , Aposentadoria/estatística & dados numéricos , Fatores Socioeconômicos , Fatores Sexuais , Prevalência , Fatores de Risco , Depressão/epidemiologia , Emprego/estatística & dados numéricos , México/epidemiologia , Pessoa de Meia-Idade
19.
Rio de Janeiro; s.n; 2018. 169 f p. tab, graf.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1368038

RESUMO

Esta tese apresenta dois estudos principais que veiculam uma série de apreciações críticas para análise situacional das desigualdades em saúde. Primeiro, descreve-se uma revisão sistemática de escopo sobre a produção acadêmica e os métodos de estimação relacionados a duas medidas sumárias do gradiente socioeconômico na saúde: índice relativo de desigualdade (RII) e índice angular de desigualdade (SII). Foram incluídos 417 artigos que usaram o RII e/ou o SII em pesquisas originais, publicados em 136 periódicos entre 1985 e 2016, dos quais 45% resultaram de colaboração internacional entre 1267 pesquisadores de instituições de 60 países. 51% dos artigos usaram o RII, 13% o SII e 36% ambas as medidas. A tendência de usar ambas as medidas relativa e absoluta prevaleceu na literatura mais recente, atingindo 58% dos artigos publicados em 2016. Discutem-se cinco proposições centrais para a definição dos índices de desigualdade, identificadas por meio de um indicador descritivo, elaborado nesta tese ­ número de citações internas metodológicas. Segundo, apresenta-se um estudo seccional com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2013), onde o RII e o SII foram aplicados na mensuração das desigualdades na prevalência de hipertensão no Brasil, conforme estratos interseccionais de gênero, raça e escolaridade. A prevalência de hipertensão ajustada por idade foi 34% entre homens e 31% entre mulheres, mas a desigualdade de gênero foi evidente apenas entre indivíduos autodeclarados brancos ou pardos, com ensino médio completo ou superior. Diferenças raciais na prevalência de hipertensão foram observadas somente entre as mulheres, e essa desigualdade racial aumentou com o nível de escolaridade. Gradiente educacional na hipertensão foi restrito a mulheres autodeclaradas brancas (RII = 2.5; SII = 18%) ou pardas (RII = 2.3, SII = 14.5%), enquanto que a prevalência de hipertensão foi homogênea nos subgrupos de escolaridade entre as mulheres pretas e os homens de todos os estratos raciais. Esses resultados mostram uma série de detalhes contrastantes para o estabelecido padrão social da hipertensão, enfatizando a importância de examinar a reciprocidade entre múltiplas dimensões sociais na pesquisa sobre as desigualdades em saúde. O uso dos índices relativo e angular de desigualdade deve ser encorajado para o monitoramento das desigualdades em saúde em perspectiva interseccional.


This thesis presents two main studies that provide a series of critical appraisal for the situational analysis of health inequalities. The first one describes a systematic scoping review on the academic production and the estimation methods related to two summary measures of the socioeconomic gradient in health: relative index of inequality (RII) and slope index of inequality (SII). A total of 417 articles used the RII or the SII in original research, published in 136 journals between 1985 and 2016, in which 45% resulted of international collaboration among 1267 researchers from institutions of 60 countries. 51% of the articles used the RII, 13% the SII and 36% both measures. The trend of using both relative and absolute measures prevailed in the most recent literature, reaching 58% of articles published in 2016. I discuss five central proposals for the definition of inequality indices, which were identified by a descriptive indicator, elaborated in this thesis ­ the number of methodological internal citations. The second one presents a cross-sectional study with data obtained from the National Health Survey (2013), where the RII and the SII were applied for the measurement of inequalities in the prevalence of hypertension in Brazil, according to intersectional strata of gender, race, and education. The age-adjusted prevalence of hypertension was 34% among men and 31% among women, but gender inequality was evident only among white or brown people with high school education or higher. Racial differences in the prevalence of hypertension were observed only among women, and this racial inequality increased with education level. The educational gradient in hypertension was restricted to women self-identified as white (RII = 2.5; SII = 18%) or brown (RII = 2.3, SII = 14.5%), whereas the prevalence of hypertension was homogeneous across educational subgroups among black women and among men of all racial strata. These results show a number of contrasting details for the established social patterning of hypertension, and highlight the importance of examining reciprocity among multiple social dimensions in health inequalities research. The use of the relative index of inequality and the slope index of inequality should be encouraged for health inequalities monitoring in an intersectional perspective.


Assuntos
Fatores Socioeconômicos , Etnicidade , Disparidades nos Níveis de Saúde , Identidade de Gênero , Hipertensão , Brasil , Revisões Sistemáticas como Assunto
20.
Physis (Rio J.) ; 28(2): e280208, 2018. graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-955476

RESUMO

Resumo Embasado em uma perspectiva feminista, este artigo analisa como uma equipe de saúde tece as redes de cuidado e define práticas de saúde a partir do percurso de uma usuária. A metodologia utilizada é da pesquisa-intervenção inspirada na perspectiva cartográfica. Na tentativa de reduzir taxas de mortalidade materno-infantil, a equipe oferece à usuária uma rede que obedece a uma lógica burocrática com regras, normas e regulações. É possível observar como políticas voltadas para a maternidade definem processos de subjetivação responsáveis por formatar as usuárias, desenhando atos performativos enrijecidos. A equipe de saúde acaba por requisitar os corpos das usuárias de diferentes maneiras pelo fato de serem mulheres. Usuárias essas que, na maioria dos casos, são mães e pobres, o que traz singularidades em relação às suas trajetórias e nos modos como são vistas pelas equipes. Laqueadura, pré-natal, cuidados com a casa e (as)os filhas(os), acesso a determinados benefícios, todos juntos constituem elementos que orientam as decisões das equipes e agem como tecnologias de regulação de gênero capazes de legitimar violências institucionais cotidianas. A politização das práticas técnico-científicas se faz urgente a fim de assegurar que questões sobre direitos humanos e sociais possam fazer parte do dia a dia das equipes que estão nos territórios.


Abstract From a feminist perspective, this article analyzes how a healthcare team weaves care networks and defines health practices from the course of a female user. The methodology used is the intervention research inspired by the cartographic perspective. In the attempt to reduce mother-and-child mortality rates, the staff offers female user a network that obeys a bureaucratic logic with rules, norms and regulations. We can notice how policies for maternity define processes of subjectivation responsible for shaping the female users, outlining rigid performative acts. The healthcare team eventually requires the female users' bodies in different ways by the fact that they are women. In most cases those users are mothers and poor, which involves singularities in relation to their trajectories and to the way the teams regard them. Tubal ligation, pre-natal care, care with house and children, access to certain benefits, together are elements that guide the staffs' decisions and act as technologies for gender regulation able to legitimate quotidian institutional violence. The politicization of the technical-scientific practices becomes urgent in order to ensure that issues on human and social rights may be part of the daily routine of teams that work in those territories.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Atenção Primária à Saúde/tendências , Sistema Único de Saúde , Brasil , Serviços de Saúde da Mulher/tendências , Saúde da Mulher , Pessoal de Saúde , Feminismo , Marginalização Social , Violência de Gênero , Política de Saúde
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA